Notícia

40 anos do laboratório de tensoativos

No ano de 2024 o laboratório de tensoativos presente no instituto de química completou quarenta anos, fundado em 1984 pela professora Tereza Neuma de Castro Dantas, o laboratório passou a ser coordenado em 2020 pelo professor Dr. Alcides De Oliveira Wanderley Neto, que ocupa o cargo até o presente momento.

O Laboratório de Tecnologia de tensoativos (LTT) que está localizado no instituto de química, possui como foco a melhoria do ensino e pesquisa para os alunos de química, química do petróleo, engenharia química e engenharia do petróleo, possuindo também enfoque em desenvolver trabalhos nos segmentos de colchão lavador, estimulação de poços, recuperação avançada, tratamento de água produzida, quebra de emulsões, entre outros trabalhos na área da química e química do petróleo, contribuindo na formação de estudantes, pesquisadores, no avanço da ciência e soluções para a indústria. 

Durante os quarenta anos de funcionamento do laboratório de tensoativos, coleciona conquistas na ciência, sendo a principal delas no ano de 2021 sob coordenação do Dr. Alcides De Oliveira Wanderley Neto o LTT depositou sua primeira patente internacional - sendo também a primeira patente internacional da UFRN - sob denominação de Sistemas de microemulsão, que consiste em uma composição química à base de duas substâncias, os surfactantes não iônicos e o álcool de natureza apolar, que é capaz de deslocar o petróleo que está impregnado em superfícies sólidas, especificamente de arenito, esse projeto foi a primeira patente internacional da UFRN. 

Além da patente internacional, o laboratório é responsável por outros projetos na área do petróleo em parceria com o curso de engenharia de petróleo, representado pelo professor Marcos Alisson. Esses seguintes projetos contribuem  para a inovação científica, sendo eles: Avaliação da acidificação de rochas carbonáticas em diferentes cenários de danos e Influência de parâmetros de reservatórios x composição do fluido de perfuração nos mecanismos de dano em rochas carbonáticas, financiados pela Petrobras; Avaliação do Potencial de Captura, Armazenamento e Aprisionamento de CO2 em Reservatórios Areníticos da Bacia do Parnaíba, financiado pela Repsol Sinopec; Avaliação do método FAWAG como método de recuperação avançada em rochas carbonáticas, financiado pela FINEP; Análise de água produzida, financiado pela Karoon Energy.

Também foi desenvolvido um novo uso para formulações que contém nonilfenol etoxilado como agente espumante. Nessa nova descoberta o agente comumente usado na fabricação de plásticos, detergentes e entre outros, obtém-se uma espuma de boa rigidez, bloqueando alguns espaços abertos, impondo o fluido injetado para deslocar o óleo residual para novos caminhos, durante a produção de petróleo, em casos quando um reservatório com água e gás imiscíveis sendo um método de recuperação utilizado para “elevar a energia perdida”, esse método utiliza uma técnica de recuperação com a injeção alternada ou conjunta de solução química contendo agentes como tensoativo e gás no reservatório (SAG). Como efeito dos aditivos, acontece a formação de espumas que controlam o fluido de deslocamento. A tecnologia é uma candidata para aumentar a produção de reservatórios  e sua obtenção é uma simples mistura de tensoativo nonilfenol etoxilado e água assistido por gás.

Outro importante depósito de patente realizada no laboratório foi a patente do óleo de copaíba, possuindo um desenvolvimento de uma formulação de um sistema emulsionados contendo óleo de copaíba como princípio ativo para ser utilizado como fins cosméticos, o sistema emulsionados proporcionam maior eficácia do óleo o tornando mais penetrante, sendo utilizado para tratar processos anti-inflamatórios.  Havendo outra patente de tensoativos no controle da estimulação ácida em rochas carbonáticas. O projeto faz parte da dissertação da aluna Myrelle Figueiredo Lima, sendo desenvolvido no LTT, coordenado pelo Dr. Alcides De Oliveira Wanderley Neto. 

Durante os 40 anos de existência do LTT, o laboratório foi essencial para formação de estudantes, pesquisadores, desenvolvimento da ciência, inovação na indústria, trabalhando além da química e da área do petróleo, formando parcerias notáveis e possuindo conquistas no mundo da ciência.

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2024 Instituto de Química
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.